Uma réplica da Constituição Federal de 1988, levada de Brasília durante invasão ao STF, foi recuperada pela Polícia Federal nesta quinta-feira (12) no Sul de Minas. A informação foi confirmada pela PF de Varginha ao g1.
De acordo com a Polícia Federal, réplica foi levada por um terrorista durante ataques no DF e entregue na delegacia de Varginha (MG).
O Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, também publicou nas redes sociais a informação sobre a recuperação da réplica.
“A Constituição que os terroristas roubaram no STF foi apreendida e recuperada. Viva a Constituição! Ela venceu e sempre vencerá”, escreveu o Ministro.
A primeira informação era de que a réplica havia sido recuperada em São Lourenço (MG). A Polícia Federal, no entanto, destacou que ela foi devolvida na delegacia de Varginha por uma pessoa que disse ter encontrado a réplica em Brasília durante os atos terroristas.
A pessoa foi liberada após entregar a réplica e a PF, até a última atualização desta reportagem, não havia informado nenhum outro detalhe sobre o caso.
A réplica foi levada por golpistas no domingo (8), quando ataques terroristas aconteceram nas sedes do Congresso, do STF e do Planalto.
No mesmo dia, fotos em que um homem aparece com a réplica nas mãos em meio aos ataques começaram a circular nas redes sociais.
Nas imagens, o golpista aparece com uma bandeira do Brasil na cabeça e uma camiseta que seria da Fetim, a Feira de Tecnologia do Inatel, de Santa Rita do Sapucaí. O Inatel informou à reportagem que a camiseta é de uma edição antiga da feira e que ainda apura o caso.
Por conta da repercussão quanto à imagem, o Inatel publicou nota de repúdio contra os atos terroristas em Brasília.
“O Inatel é terminantemente contra todo e qualquer tipo de manifestação que traga depredação do patrimônio público ou privado, caracterizando ação antidemocrática. Acreditamos na educação como forma transformadora da sociedade e como a responsável pelo avanço e desenvolvimento das pessoas e do nosso país. A democracia se estabelece através de manifestações ordeiras que contribuam para o debate e para o desenvolvimento e bem-estar da sociedade”, escreveu.
“O Inatel não apoia, não aprova e repudia, veementemente, os atos ocorridos recentemente na capital federal do Brasil e não está representada por qualquer manifestante que por ventura tenha comparecido a ato tão lamentável, portando vestimenta contendo estampa de evento realizado pela Instituição”, completou.