Mulher condenada por torturar a própria filha é procurada em BH

Fonte: G1 Minas — Belo Horizonte

Uma mulher de 35 anos, condenada por torturar a própria filha, é procurada em Belo Horizonte. Segundo a Polícia Civil, ela amarrou, amordaçou e agrediu garota que, na época, tinha 13 anos.

O crime aconteceu em 2016 e recentemente a mulher foi condenada pela Justiça e teve a prisão preventiva decretada.

De acordo com o delegado Diego Lopes, laudos apontaram que, após o crime, a menina, que já vivia em contexto de violência familiar, ficou bastante machucada. Na época, ela precisou ser levada para o hospital e a mãe chegou a ser presa.

“A criança apresentou lesões por todo o corpo. Graças a Deus, ela não entrou em estado de risco de vida. Só que ela possuía bastantes equimoses, roxos pelo corpo, em função das agressões e também em função do amarramento. Então as amarrações apresentam lesões bem características de queimadura, em função do atrito. Tudo isso foi pra dentro do inquérito e a gente conseguiu demonstrar efetivamente que ela não foi vitima só de agressões ou de um crime de lesão corporal e sim de um crime muito mais grave, que é o crime de tortura que, inclusive, é imprescritível”, disse.

Ainda segundo Lopes, a mulher, que morava em um aglomerado da Zona Sul da capital, tem envolvimento com tráfico de drogas e diversas passagens pela polícia. Atualmente, ela está sendo ameaçada por traficantes da região em que vivia e, por isso, a polícia suspeita que ela esteja em situação de rua.

Polícia Civil cumpre mandados de prisão contra pessoas condenadas por tortura e abusos contra crianças em BH. — Foto: Polícia Civil / Divulgação
Polícia Civil cumpre mandados de prisão contra pessoas condenadas por tortura e abusos contra crianças em BH. — Foto: Polícia Civil / Divulgação

Prisões por abusos

Em um outro caso de condenação pela Justiça, a polícia conseguiu prender nesta semana um homem, de 58 anos, acusado de abusar de uma criança. O crime aconteceu na Região Noroeste de Belo Horizonte há cerca de cinco anos, quando a vítima tinha apenas 10.

De acordo com o delegado, o homem, que era vizinho da vítima, foi até a casa dela, simulando que queria pegar emprestado um jogo de ferramentas do pai criança. Aproveitando que ela estava sozinha, ele cometeu os abusos.

Também foi preso nesta semana na capital um homem, de 47 anos, suspeito de abusar das enteadas e ainda da própria filha.

Segundo polícia, ela amarrou, amordaçou e agrediu garota que, na época, tinha 13 anos.

Segundo a delegada Thais Degani, o crime passou a ser investigado depois que uma menina de 12 anos contou para as irmãs por parte de mãe, de 19 e 22, que estava sendo abusada pelo pai.

Com o relato da garota, as jovens se encorajaram a denunciar os abusos que sofreram entre os 8 e os 14 anos e procuram a polícia.

De acordo com a delegada, a mãe disse que não tinha conhecimento sobre os crimes, mas a polícia ainda vai investigar se houve omissão.

O homem, que é cabeleireiro, negou as denúncias.

Quase 50 prisões em três meses

Em pouco mais de três meses, a Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente prendeu 49 pessoas suspeitas ou condenadas por violência contra menores de idade. Em grande parte dos casos, os autores são pessoas do convívio diário das vítimas: pais, padrastos, tios, avós e vizinhos.

Por isso, a delegada Thaís Degani reforça a importância ter atenção a relatos e a mudanças no comportamento das crianças.

“Qualquer situação diferente, procurem a delegacia. Nós temos uma equipe qualificada, um atendimento imediato. (…) Denunciem, não se calem, mesmo se já passou algum tempo. Se a criança falou um mínimo detalhe, preste atenção, escute aquela criança porque ela não vai inventar uma situação tão triste”, alertou.

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