Polícia prende casal de amantes suspeito de matar transportador; mulher havia denunciado desaparecimento da vítima

Fonte: G1 Minas 

A polícia prendeu um casal suspeito de matar e ocultar o corpo do transportador Rômulo Anderson Barbosa, de 46 anos. A vítima foi golpeada até a morte em junho de 2021 pelo amante da então companheira, que também participou do crime.

Segundo a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), os dois planejaram matar Rômulo para assumir, logo em seguida, o relacionamento amoroso. O inquérito só foi concluído dois anos e nove meses após o assassinato, quando o suspeito confessou aos policiais onde estava enterrado o corpo da vítima.

A vítima, de 46 anos, foi golpeada até a morte em junho de 2021 pelo amante da então companheira, que também é suspeita de ter participado do crime.

O caso ocorreu no bairro Ribeiro de Abreu, na Região Nordeste de Belo Horizonte. De acordo com a PCMG, a mulher da vítima informou os policiais que o marido havia desaparecido. De início, ela apenas postou nas redes sociais sobre o desaparecimento, mas a família de Rômulo forçou que ela fizesse o registro na polícia.

Na delegacia, a mulher não demonstrava preocupação com o sumiço do companheiro, com quem teve dois filhos. Ainda segundo os investigadores, a suspeita tentou encobrir o crime com a falsa denúncia de desaparecimento.

Relação com amante

De acordo com as investigações, o amante da mulher morava de aluguel em um imóvel que fica aos fundos da residência do casal. Eles mantiveram uma relação enquanto a mulher ainda estava casada com a vítima.

No entanto, Rômulo descobriu as traições e se envolveu em uma briga com o suspeito. Semanas depois, o casal de amantes planejou a morte do transportador.

O corpo de Rômulo foi abandonado em uma área vegetal em Santa Luzia, na Grande BH. Um mês depois do crime, os suspeitos assumiram de vez o relacionamento nas redes sociais, o que gerou desconfiança da família da vítima. O então inquilino passou a morar na casa da vítima com a mulher e os filhos, logo após a morte.

“Os dois [suspeitos] viviam como casal, fotos nas redes sociais, passeio com os filhos. A esposa ainda entrou com processo para declarar ele [ Rômulo] morto para passar a ter direitos previdenciários e se apossar da casa”, afirmou o delegado Alexandre Fonseca, da PCMG.

O que contribuiu para a prisão do casal foi o fato de o filho do suspeito ter testemunhado o pai preparando uma lona preta e um bastão no quarto onde a vítima dormia. Também foram vistos materiais de limpeza, com cloro e alvejantes, além de paredes descascadas.

Os suspeitos foram presos no dia 26 de março e confessaram o crime.

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