Quando o criador chama o seu criado

Toque de Letra

Por Antonio Célio

Já diziam os filósofos que tudo tem o seu início, meio e fim.  A gente nasce, vive e morre como os demais seres animais ou vegetais. Assim, não há nada que dure pra sempre, com exceção da memória, essa nunca morre.

Acabo de receber uma triste notícia na calorenta tarde desta sexta-feira: a morte de Leopoldino Cardoso, um amigo e um ex-profissional da imprensa.

Aliás, o ano de 2019 foi de perdas para a comunicação falada e escrita de Bocaiuva. Quatro vozes que faziam a alegria dos lares bocaiuvenses se calaram para sempre, nos últimos meses.

Neuzinho Lopes era um comunicador da nata sertaneja

O inimitável Irineu de Jesus Lopes, o “Neuzinho Lopes”, que por muitos anos fez com sua simples e alegre comunicação o programa Amanhecer na Roça, na Rádio Clube, seguiu para o andar de cima.

Ele morreu no dia 4 de agosto deste ano. Além de radialista, Neuzinho também era cantor, tendo, inclusive, interpretado por meio de gravações em fita cassete, sucessos como “Aline”, de Christophe.

Com raízes familiares em Bocaiuva, além da Clube Nenzinho Librelon também trabalhou na extinta Rádio Capital de Belo Horizonte

No dia 22 de setembro deste ano, Deus resolveu chamar Nenzinho Librelon, este residindo em Belo Horizonte (MG), após também emprestar a sua voz a emissora pioneira de Bocaiuva, na apresentação do programa “Jornalzinho do Sertão”.

Weldon Pereira frequentava os eventos públicos e atuava como colaborador da imprensa norte-mineira

Na última terça-feira (17), morre em Montes Claros (MG), Weldon Pereira, o “Dom Guloso”, o atleta e colaborador da Clube 91,5 de Bocaiuva e da Rádio Terra, de Montes Claros.

Ele tinha uma linguagem fácil, gostava tanto de rádio como do atletismo. Mesmo com os seus 70 anos, ainda, praticava o esporte, mas sem competitividade, apenas em caráter exibicional.

Weldon não resistiu a ferimentos sofridos por um acidente, no qual colidiu sua moto em uma árvore. Era uma criança no físico de um adulto, como descreveu a nossa reportagem seu filho Maicon Cristian.

Leopoldino Cardoso descrevia em seus comentários os lances como um poeta escreve sua obra literária

Hoje, veio o descanso eterno de Leopoldino Cardoso, com quem tinha uma amizade e uma gratidão pelo conhecimento que me passou quando inicie meus primeiros passos na imprensa.

Na época, no Jornal de Bocaiuva, onde ao lado de Carlos Oliveira Ferreira transmitíamos, na comunicação expressa, as notícias da cidade e da região.

Sempre sou grato a nomes da imprensa como o próprio Leopoldino Cardoso, Carlos Oliveira, Pedro Rodrigues, este último do jornal O Debate; Reginaldo Silva, e o ex-radialista Sebastião Aroldo, este último reside em Januária (MG).

Tudo que aprendi na comunicação tanto de rádio como de jornal, devo a esses “mestres”. O Léo comunicava fácil, e gostava de usar os jargões dos grandes radialistas do passado.

Era admirador do futebol, e um apaixonado pelo Cruzeiro Esporte Clube. Ele entendia sempre a mãe, Dona Geralda, que simpatiza pelo Atlético Mineiro. Mas, ambos se respeitavam pela diferença clubística.

Aqui, fica nos sentimentos de conforto a toda família de Leopoldino.

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