Veja comparativo das taxas de juros de financiamento imobiliário

Fonte: G1 Globo

A Caixa Econômica Federal anunciou nesta quinta-feira (12) uma nova redução nas taxas de juros de suas linhas de crédito imobiliário. A decisão foi divulgada após o Comitê de Política Monetária (Copom) reduzir a taxa Selic de 5% ao ano para 4,5% ao ano, nova mínima histórica.

A taxa efetiva mínima para imóveis residenciais na Caixa será de 6,50% ao ano mais TR, a partir de 16 de dezembro.

As novas taxas valem tanto para imóveis residenciais enquadrados no Sistema Financeiro da Habitação (SFH), para imóveis de até R$ 1,5 milhão e que permite ao comprador usar o saldo das contas do FGTS, quanto no Sistema Financeiro Imobiliários (SFI) ou carta hipotecária, que costumam ser direcionadas para imóveis mais caros e solicitadas por compradores que não conseguem se enquadrar nas regras do SFH e utilizar recursos do FGTS.

Os cortes seguidos na Selic tem feito cair o custo do crédito imobiliário no país. A Caixa lidera o mercado de financiamento da casa própria e costuma ditar a trajetória dos juros da modalidade.

Desde o final de outubro, a Caixa passou a ter as menores taxas mínimas entre os grandes bancos do país. Com a nova redução, se distanciou um pouco mais da concorrência.

Veja abaixo o comparativo das taxas mínimas dos maiores bancos nas principais linhas de crédito imobiliário:

Comparativo de juros para financiamento de imóveis

BancoSistema Financeiro Habitacional (SFH)Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI) – carta de créditopró-cotista FGTSlimite do financiamento
Caixa (modalidades tradicionais)a partir de 6,5% ao ano + TRa partir de 6,5% ao ano + TRentre 8,76% e 9,01% ao ano + TR*até 80% do valor para imóveis novos e 70% do valor para usados
Caixa (linha nova, atualizada pela inflação)a partir de 2,95% + IPCAa partir de 2,95% + IPCAnão operaaté 80% do valor o imóvel
Banco do Brasila partir de 7,4% ao ano + TRa partir de 7,4% ao ano + TR (na carteira habitacional hipotecária)9% ao ano + TR (disponível para imóveis novos e usados)até 70% do valor do imóvel novo ou usado
Banco do Brasil (linha nova, atualizada pela inflação)a partir de 3,45% + IPCAa partir de 3,45% + IPCAnão operaaté 80% do valor o imóvel (para clientes private e estilo)
Itaú Unibancoa partir de 7,45% ao ano + TRa partir de 7,45% ao ano + TRnão operaaté 82% do valor do imóvel (tanto para novos como usados)
Bradescoa partir de 7,30% ao ano + TRa partir de 7,30% ao ano + TR (na carteira habitacional hipotecária)não operaaté 80% do valor do imóvel novo ou usado
Santandera partir de 7,99% ao ano + TRa partir de 7,99% ao ano + TRa partir de 7,59% +TR (apenas para imóveis novos)Até 80% do valor do imóvel (tanto para novos como usados)

Fonte: Levantamento G1 junto aos bancos *Banco não informou se houve alteração na taxa anunciada em outubro

Vale lembrar que as taxas anunciadas pelos bancos são as mínimas, e que, para conseguir juros mais baixos, o tomador do crédito precisa quase sempre aceitar uma série de condições, sobretudo maior relacionamento com a instituição financeira. O nível e o tempo de relacionamento com o banco, valor do imóvel, bem como o perfil e renda do consumidor também costumam influenciar diretamente os juros cobrados pelos bancos.

Caixa Econômica Federal anunciou o quarto corte de juros do ano nas linhas de crédito para compra da casa própria.

Assim, é importante que o tomador do crédito pesquise entre os bancos qual oferece a menor taxa para o seu perfil. Além da taxa de juros, devem ser considerados também na hora da escolha do financiamento os seguros obrigatórios, o sistema de amortização utilizado (SAC ou Tabela Price), além do pacote de serviços exigidos pelo banco para garantir a taxa ofertada.00:00/02:06

Crédito imobiliário em recuperação

Dados da Abecip mostram uma recuperação do crédito imobiliário no país. Nos 10 primeiros meses do ano, os financiamentos imobiliários com recursos das cadernetas de poupança atingiram R$ 62,3 bilhões, uma alta de 34% em relação ao mesmo período do ano passado.

Somente em outubro, o crédito imobiliário atingiu R$ 7,53 bilhões, segundo maior resultado mensal desde maio de 2015. O valor representa um crescimento de 33% comparado ao mesmo período do ano anterior e queda de 0,08% sobre o mês anterior.

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