Por Onde Passou o Trem foi lançado em Bocaiuva

Repórter Antônio Célio

Na noite de sábado (16 de dezembro), foi lançado, em alto estilo, o primeiro volume da trilogia Por Onde Passou o Trem, do escritor bocaiuvense João Roberto Drumond Amorim.

A solenidade foi abrilhantada com apresentação do coral da Aconsol; uma homenagem prestada também pelo escritor e poeta Cecílio Bocaiuva e o Cássio Almeida, bem como, do professor João Roberto Oliveira e sua esposa Girney, prima do autor.

Na ocasião, foram expostos no quadro cultural do evento fotos de ex-ferroviários, alguns com relatos prestados ao livro, como Waldemar Nascimento Augusto, dentre outros.

No contexto da obra, o autor João Roberto Drumond Amorim citou que a ferrovia começou no Brasil em São Paulo, em 1870. E, em 2007, por medida provisório do então presidente Lula, foi extinto o transporte de passageiros. Isso, disse o escritor, porque o sistema ferroviário passou a ser inviável financeiramente, devido, a estrutura arcaíca das ferrovias.

No entanto, ainda conforme o autor do livro, face a terceirização da ferrovia, ainda em andamento até os dias de hoje, o transporte de carga.

Transporte ferroviário ainda em atividade

O livro, em síntese, também expressa que a Vale, empresa que explora minério, em Minas, usa o transporte de Belo Horizonte a Cariacica, no Espírito Santo, com menor viajem com passageiros.

Também, conforme Amorim, ainda operante o transporte de pessoas, entre Curitiba a Paranaguá, no estado do Paraná.

Outra curiosidade contada na obra literária, é qual a razão da comunidade de Torquato Leite ter sido denominada antigamente de Mil e Trinta.

João Roberto Amorim revelou, em sua pesquisa, que o nome original se deve a quilometragem da estação Dom Pedro II, no Rio de Janeiro, até a localidade situada na zona rural de Bocaiuva.

Em território bocaiuvense, o trem passou pelos trilhos no dia 23 de junho de 1924, e, em 1925 foi inaugurada a estação ferroviária de Bocaiuva, hoje, museu ferroviário.

O autor colocou uma pitada de romantismo, com o relato de que muitas pessoas se locavam na estação para namorar.

Outro detalhe expressivo citado por João Roberto é a denominação do hoje distrito Engenheiro Dolabela, uma homenagem prestada ao tio de Alfredo Dolabela Portela, também com o sobrenome do sobrinho, e engenheiro responsável pela construção da estação do distrito.

Outras edições do livro serão publicadas mais a frente, porém já prontos, segundo o escritor.

Para constituir essa obra, João Roberto pesquisou durante 11 anos, percorrendo o sertão em todo o país, por onde passava o trem.

O escritor agradeceu todos que colaboraram com o livro, de uma ou de outra forma, com relatos, narrativas, documentos, fotos, e outros artigos.

O primeiro volume do livro, segunda obra literária de Amorim, pode ser adquirido junto ao próprio autor. A primeira literária publicada pelo autor foi “Oligarquias, Coronelismo, Caciques e Populistas”, lançado em dezembro de 1999.    

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